Christmas Challenge Titan Poker

Depois de uma pausa para os feriados que acabou sendo providencial, pois sofri perdas terríveis nesse mês de dezembro, joguei nessa sexta-feira o Christmas Challenge da Titan Poker, para jogadores VIP. Eu ainda pretendo falar sobre essas perdas aqui mais detalhadamente, no ano que vem talvez (wow, como se ele estivesse muito longe), mas esse post é exclusivamente para tratar sobre esse torneio e como ele despertou em mim uma vontade de jogar torneios novamente.

Essencialmente eu era um jogador de freerolls antes de ter uma banca. Tinha me esquecido daquela sensação que os torneios proporcionam de que sua sobrevivência está por um fio e que tem que aguentar pelo menos até o próximo break pra chegar ITM e toda aquela coisa, as final tables, etc.

Bom, o torneio de hoje teve um field muito pequeno, devido a todas as circunstâncias de que era dia 26 de dezembro e muita gente ainda estava em feriado, aliás como eu, que não joguei nem do meu computador. Além disso, acredito que a Titan Poker tenha feito alguma cagada no sistema de inscrição para o torneio, porque eu próprio, apesar de ter conseguido cumprir as restrições para jogar o torneio ainda tive que exigir meus direitos no suporte online. O field foi de 450 pessoas mais ou menos e a premiação era de um total de 30000 dólares. Os 30 primeiros estavam ITM, sendo $300, a premiação mínima, o que seria mais que suficiente para rehaver minhas perdas desse mês.

Eu sentia que teria chance nesse torneio, não sei porque. Imaginei-me jogando a mesa final e às 17:30 do horário do Brasil, me coloquei a jogar aqui no PC velho na casa da minha avó com a primaiada só observando. Joguei extramemente tight, roubando as blinds no começo e me mantive como chip leader da minha mesa por algum tempo, mas nunca com grande vantagem sobre os outros. No primeiro break ainda restavam 250 jogadores aproximadamente e eu muito pouco acima do avarage.

O torneio foi passando e eu sentia que apesar de não conseguir avançar em fichas, que aquilo era tão fácil, parecia-me tão natural jogar torneios que eu cheguei a me perguntar porque ainda jogava cash tables. A resposta veio logo em seguida, quando tomei uma fatiada num KK meu vs AK de um shortstack. OMG, que raiva de ser batido por aqueles 3 outs. A partir daí, eu entendi porque um cara sem a menor paciência como eu. Não que eu nunca tenha sido batido num spot como esse, mas no torneio você gasta todo aquele tempo e aquela energia para ser surpreendido assim.

A partir daí, os blinds começaram a me engolir e eu tive que fazer um push a uns 2 níveis do segundo break. AJs versus AA e eliminado em 86º com um board seco. Entendi então que eu jogo de forma tão natural e despreocupada porque não sei jogar torneios. Isso descarta qualquer possibilidade de deixar os cash games, mas o que também não significa que eu nunca mais jogarei outro torneio. Ainda mais live. Esses, divertidíssimos. E sempre há esses torneios promocionais, sem buy in, ótimos.

Abraço

Gabriel